Por Que Estou Considerando Trocar o iPhone Pelo Samsung Galaxy?

Durante anos, eu fui aquele usuário fiel da Apple. Fazia fila virtual no lançamento, acompanhava todos os keynotes como se fossem eventos históricos e dizia com orgulho que só usava iPhone. A ideia de estar sempre com o “melhor” na mão parecia fazer sentido. Era uma mistura de status, performance e costume. Mas aos poucos, percebi que algo nessa equação começou a desandar. E foi justamente quando parei para pensar se realmente valia a pena atualizar que percebi o quanto fui manipulado sem perceber.

As atualizações perderam o impacto

A Apple continua lançando modelos todos os anos. E se você assistir aos vídeos de apresentação, tudo parece uma revolução. A nova câmera. O novo chip. A nova carcaça feita com titânio. Mas na prática, o que mudou mesmo? Eu peguei um iPhone 15 Pro Max na mão, depois de anos usando o 13 Pro. A sensação foi quase idêntica. As fotos são um pouco mais nítidas? Talvez, com muito zoom e paciência. A bateria dura um pouco mais? Sim, mas não é nada que mude a vida real de alguém que já carrega o celular todo dia antes de dormir.

Não é exagero dizer que a evolução virou puramente cosmética. Um detalhe de design, uma mudança no botão lateral, uma cor nova que parece exclusiva. Tudo isso serve mais para alimentar o marketing do que para entregar real valor.

A verdade sobre os updates que ninguém quer lembrar

Existe um ponto mais grave e que muita gente prefere esquecer. A própria Apple admitiu que deliberadamente reduzia o desempenho de iPhones mais antigos através de atualizações de sistema. Em 2017, isso veio à tona e a empresa precisou se explicar. A justificativa foi que isso ajudava a preservar a bateria de aparelhos antigos. Mas sejamos honestos: isso forçava, ou pelo menos incentivava, muita gente a trocar de aparelho acreditando que o celular tinha “ficado velho”.

Desde então, sempre que uma nova versão do iOS é lançada, eu percebo um padrão. O celular começa a esquentar mais. A bateria parece durar menos. O sistema começa a dar pequenos engasgos, como se estivesse te empurrando gentilmente em direção à próxima compra. E se você se recusa a atualizar o sistema, começa a perder acesso a recursos de segurança, compatibilidade com apps e até com funções bancárias.

O preço virou um insulto

No Brasil, um iPhone novo custa mais do que um salário anual de muita gente. Pagar mais de R$ 10.000 em um celular virou quase um ato de alienação. E mesmo com todo esse investimento, o aparelho não entrega nada que justifique tamanha diferença em relação aos modelos de dois ou três anos atrás.

Estou cogitando sair do ecossistema

Nunca pensei que diria isso, mas hoje eu cogito seriamente migrar para a Samsung. Tenho amigos usando o Galaxy S24 Ultra e o que eu vi me impressionou. Tela absurdamente boa. Câmera que entrega resultados impressionantes, inclusive em zoom e vídeo. Bateria que aguenta o tranco. E mais importante: liberdade. A sensação de estar usando um sistema que não tenta me empurrar compulsivamente para a próxima compra é libertadora.

Sem contar que o Android evoluiu muito. A diferença de fluidez que antes era gritante, hoje praticamente desapareceu. E com os valores cada vez mais absurdos da Apple, a Samsung parece, pela primeira vez, oferecer mais por menos.

A verdade nua e crua

Atualizar o iPhone virou um ciclo vicioso. Você gasta mais a cada ano, recebe menos em troca e ainda se submete a atualizações que, no fim das contas, diminuem o desempenho do aparelho antigo. Tudo isso para continuar no ecossistema de uma marca que já foi sinônimo de inovação, mas hoje parece mais preocupada em manter as margens de lucro do que em entregar algo realmente revolucionário.

Se você também tem um modelo recente de iPhone e está pensando em atualizar, meu conselho é simples: não faça isso. Espere. Observe. E talvez, como eu, comece a considerar que a real inovação não está mais na maçã.


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